Final de ano chega.
Catando todos os trecos
mendigo em mudança.
Calendário velho.
Com um beijo me despeço
da moça sem nome.
O trovão ribomba.
Debaixo da mesma cama
o cachorro e o gato.
Quebrando o silêncio
repicar em meus ouvidos.
Chuva de verão.
Caminho de casa
me indica a dama-da-noite
na curva sem luz.
Mal chega janeiro
as contas a pagar batem
a porta de casa.
Nos passos do velho
o tempo quase parado.
Janeiro arrastado.
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