segunda-feira, março 22, 2010

Confiança no translúcido
das formas incessantes

Para onde quer que olhem
estes olhos da face, como se não o fossem
Iluminam, para onde quer.
Obscurece apenas a pequena mente, renitente

Mas sob o sol, folhas fazem sombras na calçada
Não é o sol as formas das folhas na sombra?
Como olhos sem pensar, envolvente.
Vasto, vasto, da cor do que não acaba.

O que poderia fazer para impedir o belo de aparecer? (Deveria?)
Em todo lugar, a todo instante... (Não o faça!)
Chamaria então tudo belo, sendo: o que nem feio nem bonito
E que por encanto é assim, por natureza, e ainda antes: movendo...

Nem homem
nem mulher
nem flor
nem ramo
nem céu
nem chuva
nem cor
nem forma

Fios de água
Gotas sem cor
Fluxo de reflexos ondulantes
tudo ainda então,
movendo...

Nenhum comentário:

Postar um comentário