terça-feira, dezembro 30, 2008

O Honrado-pelo-mundo aponta para o chão

Shoyoroku, O Livro da Serenidade

Caso 4 – O Honrado-pelo-mundo aponta para o chão

Quando o Honrado-pelo-mundo caminhava com sua assembléia, apontou para o chão com sua mão e disse:
“Este é um bom lugar para se construir um templo.”
Indra pegou um talo de relva, o espetou no chão e disse:
“O templo está pronto.”
O Honrado-pelo-mundo sorriu.

domingo, dezembro 28, 2008

Perguntas de férias II

Se o caroço do pêssego parece um cérebro,
seria o cérebro uma semente?

Onde se esconde o silêncio da raiva?

Qual o limite do mar morto,
se há tantos petroleiros à deriva?

Por que as abelhas não se associam aos
vagalumes para fazerem mel à noite?

Boas novas/velhas


Palavras que confirmam e reforçam nossa prática.
Obrigado a todos que têm se empenhado para que o verdadeiro Dharma chegue até nós.

sábado, dezembro 27, 2008

Margha

"(...) Mas também existe a idéia fundamental. A palavra sânscrita para isso é Margha, e significa caminho. É a trilha de volta a você mesmo. O mito provém da imaginação e leva de volta a ela. A sociedade ensina o que são os mitos, e em seguida o libera para que em suas meditações você possa seguir o caminho certo."

Joseph Campbell, do livro "O Poder do Mito"

quarta-feira, dezembro 24, 2008

Perguntas de férias I

Quem solta no céu as
gaivotas como papagaios?

Onde vai dar esta estrada
que vai do nada ao nada?

Por que ninguém faz um abaixo assinado
contra a extinção dos vulcões?

quarta-feira, dezembro 10, 2008

POR QUE O BUDISMO ENCANTA O OCIDENTE?

O budismo faz tanto sucesso no Ocidente porque possui
características que correspondem às tendências da pósmodernidade
neoliberal. Num mundo em que muitas religiões se
sustentam em estruturas autoritárias e apresentam desvios
fundamentalistas, o budismo apresenta-se como uma nãoreligião,
uma filosofia de vida que não possui hierarquias,
estruturas nem códigos canônicos. No budismo não há a idéia
de Deus, nem de pecado. Centrado no indivíduo e baseado na
prática da yoga e da meditação, o budismo não exige
compromissos sociais de seus adeptos, nem submissão a uma
comunidade ou crença em verdades reveladas. Há, contudo,
muitos budistas engajados em lutas sociais e políticas.
Nessa cultura do elixir da eterna juventude, em que o
envelhecimento e morte são encarados, não como destinos, mas
como fatalidades, o budismo oferece a crença na reencarnação.
Acreditar que será possível viver outras vidas além dessa é
sempre consolo e esperança para quem se deixa seduzir pela
idéia da imortalidade e não se sente plenamente realizado nessa
existência.
Outro aspecto do budismo que o torna tão palatável no Ocidente
é a sua adequação a qualquer tendência religiosa. Pode-se ser
católico ou protestante e abraçar o budismo como disciplina
mental e espiritual, sem conflitos. Mesclar diferentes tradições
religiosas é uma tendência crescente para quem respira a
ideologia pós-moderna do individualismo exacerbado, segundo
a qual cada um de nós pode ser seu próprio papa ou pastor, sem
necessidade de referências objetivas.
Como método espiritual, o budismo é de grande riqueza, pois
nos ensina a lidar, sem angústia, com o sofrimento; a limpar a
mente de inquietações; a adotar atitudes éticas; a esvaziar o
coração de vaidades e ambições desmedidas; a ir ao encontro
do mais íntimo de nós mesmos, lá onde habita aquele Outro que
funda a nossa verdadeira identidade.

FREI BETTO

Monges fazem do Copan um templo zen.

Uma vez por mês, eles praticam do alto do prédio ‘zazen’, a meditação sentada.


Uma vez por mês, o edifício Copan, um dos principais cartões-postais de São Paulo, se transforma num inusitado templo budista. É toda terceira sexta-feira do mês, às 7h, quando monges zen da escola Busshinji sobem os 37 andares até o heliponto para praticar a meditação sentada – zazen, sendo “za” sentar e “zen” meditação.

Em fileira, de pernas cruzadas, colunas ereta e atenção na respiração, eles têm à frente centenas de prédios e, no horizonte, o pico do Jaraguá, na zona norte. Apesar do barulho, desligam-se do mundo exterior por uma hora, até ouvirem as oito badaladas do sino da igreja Nossa Senhora da Consolação, na vizinha Praça Roosevelt.

A meditação do alto do prédio surgiu com o cineasta Bruno Mitih, 41, budista há quatro anos. “A primeira idéia foi levar a prática do templo para a rua, e o edifício Copan se apresenta como a montanha dos budistas zen da cidade”.

O professor-monge Jisho Handa, 53, vê o Copan como representação de São Paulo; por isso a escolha. “No heliponto estamos num dos pontos mais altos do centro e a observamos num ângulo de 360°. Assim, expandimos nossas energias.”

O objetivo do grupo, diz Handa, é levar harmonia e compaixão ao maior número de pessoas possíveis. “Vivemos numa cidade cheia de desordem e injustiça. Queremos criar uma sintonia com toda a cidade e inconscientemente a cidade medita conosco, como se fosse uma onda de radio.”

A meditação no alto do Copan é aberta a interessados.

Segundo o sindico do Copan, Afonso Celso dos Prazeres, 69, a idéia foi aceita já no primeiro pedido do grupo. “Sou solidário a qualquer demonstração de ajuda a cidade”, diz. “Inclusive faço meditações em casa.”


Danilo Verpa - repórter-fotográfico.

quarta-feira, dezembro 03, 2008

Caminho para a maturidade



Cinco coisas que podem trazer a maturidade para a prática do Dharma:
  1. Um amigo espiritual, um bom companheiro na vida sagrada
  2. O treinamento para a moralidade e a conduta perfeitas
  3. Envolvimento em conversas adequadas. Conversas não centradas no ego e que dizem respeito à libertação do coração, à liberdade e à iluminação. São conversas sobre querer pouco, contentamento, retiro, energia, moralidade, meditação, sabedoria, liberação e sobre o conhecimento e a visão das coisas como elas realmente são
  4. A energia e o esforço para abandonar estados da mente que são cheios de luxúria, raiva e confusão, e para o desenvolvimento de estados mentais claros cheios de genorosidade de compaixão. É preciso vigor e persistência para cultivar estes estados mentais positivos
  5. Desenvolvimento da compreensão e da percepção, que por fim irão levar à sabedoria e e à percepção dos Budas
O Buda