domingo, agosto 31, 2008
terça-feira, agosto 26, 2008
Zazen ao ar livre
Hojes as grandes cidades são lugares complexos em que se vive separadamente, com raras experiências comunitárias. Com isso, a rede que une todos os seres não é percebida e muitas pessoas vivem uma vida de insatisfação.
Na prática da meditação zazen não se rejeita ou se retém nada, momento após momento, sem dar preferência a uma ou outra coisa. O que quer que surja na mente, deixamos que venha, deixamos que vá.
Ao ar livre, sentar, praticar, limpar o local e seguir. Nada para levar, nada para deixar.
Observe a impermanência sem descanso,
isso irá encorajá-lo a buscar o Caminho.”
Poesia chan
Onde encontrar o elixir da imortalidade?
Num mundo confuso e decadente,
Sorrindo, deixo os sutras de lado
E repouso em retiro.
O dragão voltou para o mar,
O tigre foi para as montanhas.
"Os ventos do outono empilham
Levas de folhas caídas.
Eu as varro por mil vezes,
Mas persistem em cair...
Súbito sorrio e me sento confortado:
Que caiam e se tornem cinza por si mesmas!"
Mestre Chan Budista Nan Huai Chin
domingo, agosto 24, 2008
sexta-feira, agosto 22, 2008
quarta-feira, agosto 13, 2008
Zafu
O zazen é simples e difícil. Não se trata de uma técnica complicada, que exige um elaborado sistema. Por isso muitos logo se desinteressam pela sua prática. Na verdade, não há atividade mais simples. Bodhidharma pôde ensiná-la sem palavras e assim ocorre até hoje. Mas é difícil. É importante que, terminado o zazen, os zafus sejam arrumados adequadamente. Devem ser colocados cuidadosamente ao lado dos outros, alinhados na estante, com as fitas brancas também alinhadas. Em casa, o mesmo deve ser feito. É muito simples deixar os zafus arrumados, mas muito difícil também. Deixá-los de qualquer jeito, bagunçados, é fácil. Mas bastante complexo.
domingo, agosto 10, 2008
A sombra no espelho
Sou,
volkswagen, óleo de soja, amendoeira, creme nívea, coca-cola, jesus cristo, maionese, manjericão, meu cachorro da adolescência chamado rostof, minha mãe, fantástico o show da vida, micro organismos, pasta jóia, Itapemirim, sorbato de potássio, jonh lennon, plebe rude, plaza, maconha, novalgina, nossa senhora, bilhete único, buda, topogígio, aspirina, plano collor, guerra fria, kichute, kibon, cimento, vaselina, sol, fungos, meu pai, meu irmão, suco de uva, carnaval, estresse, varig, brasil, japão, beirute, flauta doce, emorróida, condicionador, sinal de trânsito, caramelos, couve-flor, ácido ascético, estômago, índios na tv, mundo virtual, física quântica, tatu bola, rios subterrâneos, carimbo no correio, minha mulher, adidas, zen, monge, ketchup, felicidade, música, bomba, fome, mendigo, ibiscus, corrupção, maldade, herói do terremoto chinês, sabedoria cósmica, xampu anti-caspa, mercedez bens, basquiat, pequena lacraia no meu tênis, corredor vazio, sesshin, mala postal, dúvidas mil, copa do mundo, a filhinha dos meus vizinhos, sabor azedo, poste de luz, mariposa amarela, o gato ordenado, poluição, rio tietê, lavoura arcaica o filme, tambor, celular, blog, sanghamargha, motoboy sangrando, hélice de helicóptero, raiva passageira, uísque, violetas no necrotério, Jorge Bush, guerra, dente-de-leão, salvador, quanta estupidez, vaidade, centauro, canequinha de chá, saudades, vinho tinto, refri, hóstia, revolução agrária, suicídio, shikan taza, coragem, lua, buraco negro, avenida paulista, ilha, sal grosso, gillette, honda, hermafroditas, hábitos, vícios, mudança, lantejoulas, vídeo, serial killer, ondas, desejos, sexo, espinafre, popai, labirintite, maha prajna, caminho óctuplo, ...
sou o caminho correto, pronto dentro de mim, à espera da minha inteligência, sou os pés da minha iniciativa, aqui, agora.
sábado, agosto 02, 2008
Nossas ondas de tristeza
por tua partida tão rápida,
se dissipam ao encontrarem
as ondas de alegria de nosso
samadhi atualizado em Shikan taza.
Nossa prática espelha tua prática.
Vai sereno, segue tua carta náutica.
Atravessa as ondas que jogam a mente
pequena de um lado para o outro como numa
tempestade em alto mar.
Felipe, amigo, segura-te firme ao leme!!!
sexta-feira, agosto 01, 2008
Shikan Taza
"Logo que Dogen chegou à montanha Tiantong (China), seu professor e companheiro de viagem, Myozen, morreu. Dogen continuou a participar do rigoroso programa de treinamento Zen, no monastério de Rujing. De acordo com o Registro da Era Baoqing, Rujing ensinava que estudar o Zen é 'abandonar corpo e mente' e que os estudantes não deveriam se comprometer com outras práticas tais como recitar o nome de Buda, entoar sutras ou manter ritos de arrependimento. Ele ensinava um método de meditação chamado Zhigan dazuo (agora melhor conhecido, na sua transliteração japonesa, por Shikan taza) - uma meditação de postura sentada de mente-única simples, em que não se tenta resolver questões ou atingir a percepção."