sábado, fevereiro 25, 2006

Revolução

Meditação, a única revolução verdadeira, disse Krishnamurti. Em tempo de sesshin é bom lembrar da história do Buda Shakyamuni que, sendo príncipe, abandonou seu palácio para encontrar a verdade além dos muros da cultura do samsara. Trazendo este exemplo para nós nos dias atuais, o que seria este palácio que devemos abandonar para fazer a verdadeira revolução? Bom sesshin a todos, ou bom descanso...

quinta-feira, fevereiro 23, 2006

Interdependência!

A leitura de uma matéria de microbiologia na revista National Geographic há alguns meses atrás me trouxe à mente diversas questões pertinentes à prática do Dharma. Veja o que diz:

"(...) A maior parte de nossa células nem sequer é humana. Entre todas as células de nosso corpo, a imensa maioria é constituída de micróbios. (...) Tais organismos não-humanos são especialmente abundante em nossas víceras. Encontram-se até uma centena de trilhões de microorganismos no intestino humano. 'Possuímos células humanas, mas há DEZ VEZES MAIS células de micróbios', diz Jeffrey Gordon, da Universidade de Washington em St. Louis. (...) As moléculas de água em nosso organismo não são, por si só, humanas (a água representa 70% da constituição de nosso corpo). (...) Mais estranho ainda é não conhecermos a identidade da maioria desses micróbios. Os cientistas concluíram que cada um de nós abriga de 500 a mil espécies de micróbios, as quais ainda se subdividem em cerca de 8 mil subespécies. (...) O que se sabe é que os micróbios não são um bando de invasores. Na verdade, nós e eles evoluímos juntos. Um corpo humano é similar a um complexo ecossistema - quase uma biosfera. (...) Os micróbios em nossas entranhas cumprem algumas funções indispensáveis: nos ajudam a digerir os alimentos, produzem vitaminas e previnem doenças."

O que resta de nós, de nossa identidade? Lembro das palavras de Saikawa Roshi, falando que "não há fronteiras, não há separação." Vivemos então neste fluxo, simplesmente...

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terça-feira, fevereiro 14, 2006

Fundamentos

Querida Sangha, a idéia deste blog é criarmos uma revista sobre budismo, espaço para reflexão, estudo e discussão. A proposta veio de Jisho Handa, que proponho seja o editor do blog. Serei administrador técnico do mesmo. Convido à todos que participem e que nos ajudem a manter vivo este espaço.

Para dar início, quero deixar a citação abaixo. Acredito que ela possa ser um norte nesta nossa empreitada.

Não se satisfaçam com ouvir dizer, ou com a tradição, ou com o conhecimento das lendas, ou com o que nos dizem as escrituras, conjeturas ou inferências lógicas, ou em pensar as evidências, ou com a predileção por um ponto de vista depois de ter ponderado sobre ele, ou com a habilidade de alguma outra pessoa, ou em pensar: "O monge é nosso mestre".

Quando souberem por si próprios: "Tais coisas são sadias, irrepreensíveis, recomendadas pelos sábios, e adotá-las e colocá-las em prática conduzem ao bem-estar e à felicidade", então vocês deveriam praticá-las e nelas repousar...


O Buda
Kalama Sutta

segunda-feira, fevereiro 13, 2006

Imagens Rohatsu Sesshin 2005

Em breve Aguarde.

Sangha Margha?

Sangha:
Comunidade de amigos praticantes do Dharma. Comunidade budista, formado pelos monges, monjas, noviços, noviças, leigos e leigas; uma das Três Jóias (TRIRATNA).

Margha:
O questionamento budista parte de um ponto que teria intrigado Sidharta, quando de sua saída do palácio, ganhando as ruas. Deparou-se ele com o sofrimento. Assim, teria surgido o Aryasatya, quer dizer, as Quatro Nobres Verdades. São elas, Duhkha, o sofrimento existe; Samudaya, o sofrimento que existe tem uma causa; Nirodha, detectado uma causa, pode-se acabar com ela, cessar; e, finalmente, Margha, o Caminho do não sofrimento. Seria este o Caminho do Dharma, o do praticante da verdade, o que corresponde a todos os alunos das inúmeras escolas e tradições do budismo. (por Jisho)