sexta-feira, março 06, 2009

Margha

Seguirei aquela nuvem
até que chova em meus pés.
Perambulando sem nunca chegar
É assim que agora me encontro...

Já não há lembranças
Nem mais tempo para viver
Junto este corpo às margaridas sem dono da beira da estrada
e às estrelas que na cidade não se vê.

3 comentários:

  1. Em derradeira viagem
    sapato furado e cajado
    sem tempo para paradas
    sem jamais alcançar
    a estrela matutina.

    Solitária empreitada
    sujeita a tempestade
    trovões, furacões.
    Mas o viajante continua
    avançando um passo
    sem jamais alcançar
    a estrela matutina.

    ResponderExcluir
  2. sem jamais alcançar -
    a estrela matutina
    brilho dela em todas
    as poças d'água

    ResponderExcluir
  3. Chapinhando poças
    depois da tempestade
    Unem-se céu e terra, a cada passo.
    Seguir em frente ainda é retornar...

    Retornar não é retornar
    é seguir em frente
    Seguir em frente é permanecer imóvel e
    a imobilidade é o ponto.

    ResponderExcluir