A mãe às lágrimas à beira do caixão chora a morte da filha.
A mãe, aos 87 anos, enterra a filha que viu nascer e acolhida por seu amor cresceu, sorriu e viveu para então adoecer, sofrer e morrer.
A mãe inundada em lágrimas despede-se da filha e deixa um pouco de si no caixão.Resta-lhe talvez um sopro de vida para lembrar o que viveu.
Imersa nesta imagem que contemplo reflito sobre a vida e a morte.
"Uma borboleta passa por diante de mim" (*) e como o poeta aprendo que a borboleta é apenas a borboleta e assim a vida é apenas vida e a morte apenas morte.
Dois seres - a mãe e a filha manifestando-se em dois movimentos - a vida e a morte, tornam-se um.
(*) Alberto Caeiro
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