Um grande pega que tivemos foi a palavra "castrado", esta metáfora pode ser terrível para nós ocidentais, lembra animais ociosos e gordos e limitação radical - fulano se castra muito, cicrano é castrador e por aí vai. Mas o "búfalo castrado" de Nansen é o ser que propõe a si mesmo castrar seu touro interior, digamos assim, e isto significa submeter o ego selvagem a um treinamento, este sim será castrado para que apareça em seu lugar, radiante, o ser original. Sem os impulsos e desejos desenfreados do ego. A tal casa localizada na frente do portal do templo, segundo o Jisho nos contou por experiência própria, é um lugar onde os postulantes a monge, ou a entrar naquele mosteiro específico, ficam por uma semana inteira, sujeitos a um teste severo para serem admitidos ou não, aí precisam baixar a cabeça e submeter-se - um desafio para o touro selvagem. Por fim, a janela aberta para o despertar, uma visão simples e cotidiana na metáfora recorrente para iluminação, a lua.

Veja abaixo o koan ao qual se refere este comentário.
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