quinta-feira, maio 18, 2006

A tartaruga e a carpa

Nesta quarta-feira tive uma experiência ilustrativa durante o zazen realizado no Pavilhão Japonês, no Parque do Ibirapuera. Com ênfase, uma das situações foi contado por um amigo que sentou-se ao meu lado; nunca tinha feito zazen. Expliquei-lhe como cruzar as pernas, a mãos em mudra cósmico e principalmente a respiração pausada, concentrada na região abdominal. Não tinha parede para pousarmos o olhar semi-cerrado. Ao invés disso, um jardim em que se encontravam duas tartarugas. Em sua concentração, sem reparar nas tartarugas manteve-se atento por alguns minutos. Depois da sessão ele me confidenciou: "nunca pensei que a tartaruga andasse tão rápido".
Mas do outro lado, a visão não era menos atípica: uma lagoa com carpas. O som da água escorrendo pela fonte e o barulho das carpas, mais de uma dezena, nadando em cardume a procura de alimento, a monotonia foi quebrada por um peixe que salta de repente sem motivo aparente. Na concentração, os olhos semi-cerrado divisavam apenas a paisagem na movimentação monótona. Eis que a carpa colorida salta diretamente nas ondas da mente, espatifando num estalido abrupto.

Um comentário:

  1. Anônimo6:08 AM

    I say briefly: Best! Useful information. Good job guys.
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