Nesta manhã de domingo fizemos uma caminhada pela paz, no centro de Florianópolis. Cerca de 30 pessoas - gente da comunidade zen-budista, do budismo vajrayana, da fé Baha'i e do catolicismo - passearam calma e alegremente, entre conversas, cartazes e cuias de chimarrão, em adesão a outras tantas manifestações sobre nossos colegas, monges ou não, de Mianmar. Uma alma mais virtuosa que eu poderá falar melhor, com fotos e demais quetais.
Eu e Joshin, por idéia dele, fomos antes na missa das 7 e meia da manhã, na Catedral Metropolitana. Desejávamos dar um aviso para o povo todo da caminhada; alguém talvez gostaria de juntar-se a nós.
Fazia muitos anos - quase 10, se não me engano - em que não ia a uma missa. Se duvidar, a última vez em que fui numa missa foi quando eu "recebi o Espírito Santo", a minha crisma. Desde então, perdi o hábito - se é que o tive - de ir à missa. Durante a liturgia de hoje, pensamentos e lembranças de tantas missas que eu fui, quando criança, voltaram com aquele caráter fragmentado e distante das lembranças muito antigas. Vi-me ora sentado, ora ajoelhado, ora caminhando, ora escutando. Era somente uma coisa a mais, como outras tantas coisas chatas.
De uns tempos para cá, porém, tenho sentido um desejo de aprofundar-me, de conhecer mais, na e sobre a experiência cristã. É interessante que o zazen me tenha aberto, de certa forma, a querer saber mais. Afinal, assim como um crente sofre com a "perda da fé", uma pessoa sem fé sofre ao ver-se amolecendo debaixo da chuva. Mas não se perde, ou ganha, nada.
Deixo um pouco liturgias e dogmas de lado - a forma - e olho de perto, para um "Deus vivo", que é a expressão que me veio à cabeça. Oxalá que possam viver sua fé, e este sacramento, nas suas vidas.
Joshin falou bem para o povo na catedral, com presença, palavras justas e bonitas. Comungamos, recebemos as bençãos da comunidade para nós, "irmãos de outras religiões", e tomamos café - todo mundo sabe que eu me rendo ao ser convidado a partilhar duma mesa... Agradecimentos ao padre Egidio e ao padre José; este último nos acompanhou em nossa caminhada.
Eu e Joshin, por idéia dele, fomos antes na missa das 7 e meia da manhã, na Catedral Metropolitana. Desejávamos dar um aviso para o povo todo da caminhada; alguém talvez gostaria de juntar-se a nós.
Fazia muitos anos - quase 10, se não me engano - em que não ia a uma missa. Se duvidar, a última vez em que fui numa missa foi quando eu "recebi o Espírito Santo", a minha crisma. Desde então, perdi o hábito - se é que o tive - de ir à missa. Durante a liturgia de hoje, pensamentos e lembranças de tantas missas que eu fui, quando criança, voltaram com aquele caráter fragmentado e distante das lembranças muito antigas. Vi-me ora sentado, ora ajoelhado, ora caminhando, ora escutando. Era somente uma coisa a mais, como outras tantas coisas chatas.
De uns tempos para cá, porém, tenho sentido um desejo de aprofundar-me, de conhecer mais, na e sobre a experiência cristã. É interessante que o zazen me tenha aberto, de certa forma, a querer saber mais. Afinal, assim como um crente sofre com a "perda da fé", uma pessoa sem fé sofre ao ver-se amolecendo debaixo da chuva. Mas não se perde, ou ganha, nada.
Deixo um pouco liturgias e dogmas de lado - a forma - e olho de perto, para um "Deus vivo", que é a expressão que me veio à cabeça. Oxalá que possam viver sua fé, e este sacramento, nas suas vidas.
Joshin falou bem para o povo na catedral, com presença, palavras justas e bonitas. Comungamos, recebemos as bençãos da comunidade para nós, "irmãos de outras religiões", e tomamos café - todo mundo sabe que eu me rendo ao ser convidado a partilhar duma mesa... Agradecimentos ao padre Egidio e ao padre José; este último nos acompanhou em nossa caminhada.
Bonita iniciativa esta caminhada, um bater de asas de borboleta aqui no ocidente, um ato compassivo.
ResponderExcluirGasshõ.