segunda-feira, abril 24, 2006
Prendendo o gato
Assim ouvi esta história. Num certo mosteiro no Oriente, quando da sessão de zazen um gato apareceu e incomodava os praticantes. Resolveram então amarrar o gato. Toda vez que haviam de fazer zazen, amarrava-se o animal. Muito tempo se passou. Não eram mais os mesmos monges. E até o gato não era o mesmo. Mas continuaram amarrando o animal toda vez que os monges iniciavam o zazen. Tornou-se então uma tradição daquele mosteiro amarrar o gato quando havia zazen. Não se sabia nem mesmo o motivo de se amarrar o gato. Passaram a acreditar que amarrar o gato era um costume que devia ser respeitado naquela casa. Virou uma obsessão, um dogma esta maneira de se comportar. Era uma regra totalmente distanciada da verdadeira razão desta prática: o gato miava durante o zazen, apenas isso!
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Nossa atenção plena durante o zazen nos permite identificar vários gatos (internos) só que, ao invés de os prendermos, deixamos que vão, mas muitas vezes eles voltam, e voltam acompanhados, surgem outros de cores e tamanhos diferentes, miando ou de mansinho pé-ante-pé, e surgem insetos que estes animais buscam, os insetos se esquivam nas fendas da madeira e os gatos raspam suas patas nestas aberturas na tentativa de reavê-los, em pouco tempo o templo terá mais felinos que humanos, numa confusão de sons e movimentos...
ResponderExcluirPergunto, seria solução um grande balde de água fria?
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