quinta-feira, abril 20, 2006

O som de prajna

Em diversas ocasiões, após o zazen, nas cerimônias matinais e memoriais, nas cerimônias de sábado, em nossas casas, entoamos o sutra Makka Hannya Haramita Shingyo.
Qual o propósito de entoar sutras? – alguém pode perguntar. Não seria suficiente sentar em zazen?

Tendo Nyojo, mestre de Dogen, certa vez disse:

“O corpo todo é a boca, suspensa no ar (o vazio).
Não importa de que direção o vento sopre
– norte, sul, leste, oeste –
O sino de vento sempre produzirá o som de prajna
– rin, rin, rin."

Shakiamuni afirmava: “O prajnaparamita não pode ser investigado ou analisado pelo intelecto.”

O silêncio do zazen é o som de prajna. As sílabas de Hannya Shingyo são igualmente o som de prajna.

Da mesma forma deve ser em nossa vida diária.

3 comentários:

  1. Na calada da noite, senti uma imensa necessidade de ir ao banheiro. Tomei todo o cuidado ao levantar o cobertor, calçar os chinelos e caminhei na ponta dos pés, pianisticamente. Para que a porta não rangesse, suavemente deslizei-a e não tinha reparado ainda nos olhos acesos de Shura, a minha gata preta. Ela se aproximou e tentava envolver-se em minhas pernas. Foi quando tudo aconteceu: Um pisão em não sei que parte dela e um tremendo berro. O silêncio tinha sido quebrado, contrário a minha vontade. Mas era Buda falando através da boca de minha gata preta.

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  2. Um Sutra só faz sentido de ser entoado se for entoado com o coração, com todo o corpo. Se for entoado apenas pelo intelecto especulativo, ou pela boca dispersa tornar-se-á uma ilusão como tantas no Sansara, acredito.

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  3. Anônimo6:08 AM

    Hmm I love the idea behind this website, very unique.
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