Consegui traduzir alguns poemas de Eihei Dogen e coloco em rede para apreciação:
O pássaro aquático
em suas idas e vindas
não deixa rastros
mas não se esquece sua presença!
Na primavera as flores de cereja
no verão o cuco
no outono a lua
e no inverno a neve
branca e fresca.
O corvo construiu seu ninho
no topo de minha cabeça
enquanto a aranha teceu sua teia
em minha sobrancelha.
Tendo procurado no mais profundo
das montanhas longínquas
achei o meu lar.
Meu lar, onde tinha sempre vivido.
Aqui nos altos rochedos
em que as ondas
e o vento que varre as costas
não incomodam
a vidas das ostras.
Apenas Dharma.
As ondas são calmas.
O vento vai morrendo
num barco abandonado.
A lua da meia-noite
alta e brilhante.
A flor do pessegueiro desabrocha
ao vento primaveril.
Não deixa um traço sequer
de dúvida
em suas folhas e ramos.
Muito bom hein! Em primeira mão. Valeu
ResponderExcluirMuito bom! Muito grato!
ResponderExcluirGasshô