Sabe o estado de ser das pessoas que perderam algo profundamente precioso para elas, como um marido, esposa ou filho, a longevidade da vida, uma parte do corpo ou a saúde. Existem depoimentos de pessoas que ao saberem que morreriam em seis meses passaram a viver a vida mais intensamente, começaram a observar coisas que antes não prestavam atenção, passaram a dar mais atenção às pessoas que as cercavam... Ou então ao perderem um filho, por exemplo, iniciaram uma luta corajosa em prol de uma causa, quase sempre relacionada ao que perderam. Existem milhares de exemplos deste estado em que as pessoas ficam, pelo menos por algum tempo.
Acredito que ao ingressarmos no caminho do despertar, buscamos e passamos a viver um sentimento radical semelhante, com a diferença que aqui nos propomos a perder algo que nos parece/é muito caro, de propósito, conscientemente, de outro modo, não estamos no caminho. E precisa ser assim, radical, com essa consciência da perda, como diz Jisho, à flor da pele a cada instante.
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