sábado, junho 09, 2007

Tetsuya Zazen

Atravessando a noite serenamente, concentrados, dedicados, todos se tornam límpida expressão do outono: a lua minguante, o frio da madrugada, o aroma do udon, o chá quente entre as mãos, a camaradagem silenciosa.

Por incontáveis existências vagamos em círculos, presos às amarras da culpa, da ignorância, dos prazeres, das formas, das incertezas e angústias do corpo. Foi um longo sonho, mas agora é hora de acordar.

Libertemo-nos. Pratiquemos a não-forma. Façamos isso por nós mesmos, pelos outros, por aqueles que conhecem o Caminho, mas não o trilham, por aqueles que o desconhecem, pelos seres visíveis e invisíveis, pelos seres sutis ou grosseiros, nascidos ou por nascer. Façamos pelos inumeráveis seres da mente.

Buda sentou-se, Bodhidarma sentou-se, todos os mestres e patriarcas sentaram-se. Não devemos ser fúteis com a prática.

Keizan Zenji assin se pronuncia em Zazen Yojinki:

"A água pura não tem frente ou verso, o espaço não tem dentro ou fora. Completamente pura, sua luminosidade brilha antes que a forma e o vazio sejam concebidos. Objetos da mente ou a mente em si mesma não têm onde existir."

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